Sabe aquela expressão “Sangue, suor e lágrimas”? Existe
uma convergência interessante entre a ideia a que ela remete e um aspecto
particular da psicoterapia. A metáfora que ela representa, diz respeito a um
momento cronológico particular da pessoa em processo terapêutico.
De forma generalizada, mas não fundamental, as pessoas
que procuram pela psicoterapia aspiram por mudança. Essa mudança relaciona-se
às experiências de vida desta pessoa, que de alguma forma não se fazem
satisfatórias nos relacionamentos interpessoais ou no convívio consigo mesmo, e
em tantos casos levam a um enorme sofrimento. Ao buscar na psicoterapia o
alívio e soluções para os tormentos cotidianos, várias pessoas se deparam com
um fenômeno interessante.
As dores, sofrimentos e/ou tormentos que a pessoa vive aparentemente
aumentam e imperam na vida (e em particular durante a sessão de psicoterapia).
Na verdade, esses sofrimentos não aumentam, o que amplia-se é a CONSCIÊNCIA da pessoa em relação à sua
história e seus sentimentos, que sempre estiveram lá, mas não entra-se em
contato com eles regularmente.
As alterações de vida almejadas pelas pessoas serão fruto desta ampliação de consciência, que provoca a mobilização de comportamentos devidos às mudanças que as pessoas desejam. Mas nem sempre a mudança ocorre de acordo com o que foi almejado no início do processo. A tomada de consciência de sentimentos e histórias adormecidas pode vir a provocar também mudanças nos planos anteriormente elaborados.
Tal contato com
sentimentos nebulosos e desconhecidos deve ser feito com acompanhamento profissional,
de modo que o aprendizado proporcionado por este processo seja construtivo e
levado para vida de forma responsável.
E então? Qual
a resposta você dá para o título deste texto?
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